Sapiens

Sapiens

(Uma Breve História da humanidade)

Um dos livros mais vendidos na atualidade, cheio de relatos históricos intrigantes, escrito de forma fácil e deliciosamente desconcertante.

Sabe aquela ideia de que vencemos a corrida evolutiva contra os Homo Erectos e os Neandertais? De acordo com Yuval Noah Harari, nós não vencemos a corrida. Nós matamos os outros competidores!

Só essa percepção do conceito evolucionista já valeria a leitura desse magnífico livro! Mas têm muito mais de onde saiu essa pérola!

Seus textos são de uma simplicidade de compreensão tão grande que uma criança entende o que ele escreve. Mas isso não diminui sua genialidade – na verdade apenas intensifica!

Yuval N. Harari é professor de História da Universidade hebraica de Jerusalém. Tem apenas 40 anos e uma bagagem histórica de fazer inveja a qualquer mortal.

Sendo ele de origem Judaica, erroneamente imaginamos que haja alguma influência religiosa ou historicamente tendenciosa.

(Ao menos, eu achei que teria).

Ledo engano.

Ele apresenta conceitos evolucionistas com profundidade sem menosprezar os conceitos criacionistas.

Relata os erros cometidos pela religião e mesmo assim entende que a religião foi fundamental para o patamar que nos encontramos hoje.

Cita com maestria que “tudo contribui para o bem dos sapiens” quando visto há distância considerável e pelos mesmos Sapiens!

Então pensamos:

- Ah! Ele está formalizando um elogio à espécie humana!

Também não.

Logo no 1º capítulo ele apresenta o que pensa de nós:

Um animal insignificante!

... Há cerca de 6 milhões de anos, uma fêmea primata teve duas filhas. Uma delas se tornou a ancestral de todos os chimpanzés; a outra é nossa avó”.

Um escândalo para os religiosos, um deleite para os Darwinianos.

Porém, como um movimento pendular, Yuval Harari brinca com todos os determinismos.

Hora ele critica a fé, depois a elogia. Hora ele engrandece os princípios evolucionistas, hora ele desdenha do mesmo.

Por quê?

Porque a história é repleta de momentos elogiáveis e execráveis em todos os âmbitos!

Até mesmo o nazismo, Yuval apresenta a lógica nazista (mesmo sendo ele Judeu), não como absurda – visto que ela surge de um conceito científico vigente na época (não absurda em lógica, mas abominável em aplicação!).

Sim, o livro é desconcertante! E por isso mesmo impactante, desafiador e impressionante.

É fato que recomendo a todos a leitura deste best-seller, mas nem por isso coloco todo o conteúdo como unus veritas. Nem o autor o faz.

Ele apresenta sua versão e/ou visão da história. Com relatos devidamente documentados.

Outras versões existem. Mas não conheço nada como Sapiens.

Nem cheguei a falar sobre o capitalismo (ponto alto do livro) ou ainda dos impérios (que hora ele critica, hora elogia).

Há muito sobre a humanidade neste livro.

Coisas que seriam cômicas se não fossem trágicas, coisas cômicas e cômicas mesmo! Coisas simplesmente catastróficas.

Gostaria de ler críticas sobre o livro (se houver alguém com bagagem para tal) ou outras percepções.

O fato é que: depois de ler Sapiens, tive um deslumbramento sobre a história, sobre o que pensamos de nós mesmo e pra onde caminha a humanidade.

Admiro a percepção de Yuval Harari ao dizer que chegamos onde estamos porque seguimos o que seguimos. E não há como “tentar” prever o que seria da humanidade se tivesse feito escolhas diferentes.

“Toda história passa por algumas encruzilhadas. Cada caminho oferece um resultado. Estes são os resultados devido aos caminhos que a humanidade tomou. Saber quais seriam os resultados de outros caminhos – não temos. Mas temos como deduzir porque tais caminhos foram escolhidos”.

Convido a todos a viajarem comigo nestas páginas.

Uma nova percepção eu tenho certeza que terão.

Uma mente geek – uma mente sapiens – uma mente homo.

Ah! Pra quem procura mais informações antes de adquirir o livro, saiu uma reportagem sobre o assunto na Superinteressante deste mês.

Espero que gostem da postagem.

Dúvidas e mais comentários, basta colocar suas perguntas no post. Teremos satisfação em responder.

Autor: Herbert Adomeit