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Watchmen - Melhor HQ do século XX


Em 1986 e início de 1987, o mundo dos quadrinhos foi agraciado pela Obra definitiva de Alan Moore – Watchmen!
Muitas mudanças já aconteciam no mundo dos quadrinhos, mas nada comparado ao grupo Meta-ferrado-humano Watchmen!
Com linguagem mais adulta e desenhos fora do convencional (ilustrado por Dave Gibbons), a série em 12 edições impactou todos que tiveram acesso a ela!
Houve uma ruptura nos quadrinhos convencionais! Uma invasão do alternativo.
Os doze fascículos fizeram tanto sucesso que meses depois ganhou uma versão encadernada – a chamada Graphic Novel.
Não só surgiu no Brasil no formato original americano, como também foi quase simultâneo (para a época).
Se revista em quadrinhos era coisa de criança, Watchmen destruiu esse estereótipo!
Reconhecida com prêmios – Kirby, Eisner e prêmio Hugo – a séria foi aclamada como a melhor mini-série da década (acredito que tenha sido a melhor do século!).
Além de trabalhar com um roteiro de realidade paralela – O que acontecia ali não condizia com a realidade atual (o que nos leva a pergunta: Batman, Superman, X-men – fazem parte da realidade atual ?), tinha em seus personagens a imagem gritante do anti-herói!
Não um, mas todos!
Alan Moore foi excepcional ao tratar o grupo de heróis (tipo Liga da Justiça), como pessoas, com problemas sérios de identidade, idade e valores.
Não importa os poderes! Por fim são todos apenas humanos... Quase todos...
E, como descrito por Moore, ser um humano é ser horrível!
Os dramas particulares de cada personagem nos choca! A dor e a percepção da sociedade decadente nos trás de volta pra nossa realidade. A nostalgia e os embaraços nos lembram a nós mesmos...
Qual o contexto da história?
Tudo acontece em 1985. A guerra fria é uma realidade. O presidente Nixon foi re-eleito (sim! Aquele que em nosso mundo renunciou...). Havia uma geração anterior de heróis, mas isso já era coisa do passado e deveria ser reprimido – crime.
O grupo se divide entre nostálgicos, empreendedores, doentes e cidadão comuns.
Tudo estaria pessimamente bem, se alguém não começasse a matar os antigos heróis.
Rorschach – O cara de nome mais esquisito que já vi nos quadrinhos – uma espécie de Batman, investiga a morte de um cara específico: O Comediante.
A ironia é óbvia, assim como os paralelos.
Mas nada é assim tão óbvio em Watchmen. Tudo surpreende!
Mesmo perseguido pela polícia, Rorschach consegue reunir sua antiga “liga”, para fazer descobertas surpreendentes e constrangedoras sobre eles mesmos e sobre o mundo em sua volta!
Não é a toa que em 2009 a revista conquistou Hollywood! E a série virou filme!
É antigo, eu sei! Mas talvez a nova geração não tenha tido acesso a essa obra de arte!
Ouço tanto falar de Mangás e séries da Netflix (como Demolidor), que fico triste em perceber que as coisas mais fantásticas já produzidas em quadrinhos e no cinema possam se perder no esquecimento diluído da mídia...
Visando este mesmo público, evito spoilers! (mesmo porque, o público conhecedor do enredo não necessita deles!).
Recomendo apenas, que, aqueles que tenham acesso, leiam a revista antes de assistir ao filme! Um será complemento do outro!
Para os menos afortunados e/ou mais impacientes, assista!
Vale o tempo, a reflexão, o show!
Ah! Um detalhe interessante sobre a HQ:
Aquilo que hoje usamos como “emoticons”, carinhas felizes e coisas do gênero foi um ícone dos anos 80. E na HQ isso é explorado como contraste!
Não, não é novo! Só a aplicação é melhor questionada...
Mais um detalhe: para aqueles que (como eu) ridicularizam a DC, é deles essa obra prima!
Segue a lista de heróis (?) para intensificar a curiosidade de vocês:
(Ozymandias)


(Comediante)


(Dr. Manhattan)


(Rorschach)


(Espectral)


Acreditem! O filme foi muito fiel tanto em figurino quanto em personalidade de cada integrante do grupo.
A pergunta deixada pelo filme em todo tempo é:


“Quem vigia os vigilantes?”

Autor: Herbert Adomeit

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