Já deu tempo de todo mundo assistir a continuação (com cara de Remaker) de Blade Runner, certo?
Se você se interessou por este texto é porque faz parte do grupo que diria: Siiimmm!
Cara! Quando assisti a Blade Runner 2049, minha angustia foi visível!
Pra começar, Blade Runner (o original e eterno!) é meu filme favorito (de todos os tempos!)! Então, assistir "aquilo" foi... Foi... Argh! Não sei dizer o que foi!
De início - encanto! Na sequência - desalento. Meia hora depois - cansaço e raiva! Mais meia hora depois - vontade de nunca ter visto este filme!
- Isso não é de jeito nenhum Blade Runner! Gritei internamente para todas as minhas referências cinematográficas!
Chegando em casa, li e assisti dezenas de críticas.
Em média 70% odiaram e 30% amaram!
Como não gosto de fazer parte da maioria, pensei: - tem alguma coisa ali que eu não consegui perceber! Não é possível!
Foi então que decidi assistir ao filme pela segunda vez! E é sobre isso que gostaria de falar:
Este não é um filme ruim!
Calma! Sem baixarias por favor!
O filme não é ruim. Mas não chega aos pés do que foi Blade Runner - o Caçador de Androids!
Ao vê-lo pela 2º vez, pude "sentir" toda a atmosfera do filme original:
- As músicas;
- Os carros;
- As propagandas;
Mas obviamente não é só de atmosfera que é feito um filme!
Como continuação de Blade Runner, continuo achando o filme ruim. Mas como "universo" Blade Runner, o filme até que foi muito bom!
Cheguei a essa conclusão pensando no universo Star Wars.
Todo mundo reclama:
- Ah! Mas os caras estão copiando todo arco da 1º trilogia (IV,V e VI)!
- Ah! Mas isso não tem nada da trilogia original!
E assim, a Disney acaba não agradando nem gregos nem troianos - mas continua vendendo milhões com a franquia!
Logo, percebi que minha ótica para o filme precisava de um remaker!
O que foi magnífico, já foi! Não há como fazer um magnífico II 30 anos depois!
Há uma geração X,Y e Z que vai vivenciar a mesma experiência com óticas diferentes!
Dessa forma, os produtores não estão errados em enovar com um filme baseado em 30 anos atrás! E nem estão errados em tentar apresentar "mecanismos" que nos transportem 30 anos no tempo!
Se isso dá certo - é outra história!
A busca e o medo do desconhecido está presente neste filme - que era um dos pontos fortes do original.
A lentidão proposital - que faz com que o espectador se "ambiente" com o universo apresentado também estão ali.
Acho que o problema é que tanto o contemporâneo quanto o vanguardista tem pressa em ver seus ícones apresentados. Isso o filme não faz.
Dito isso, percebi que, como "um universo Blade Runner" o filme mandou muito bem! Mas falhou como continuação.
Gostaria de classificar pontos fortes e fracos do filme. Vamos ver se chegamos num consenso:
Pontos fortes:
Todo os ambientes do filme foram muito bem apresentados!
Há momentos em que revivemos atmosfera de Blade Runner original, há o caos do deserto, a coloração amarelada que nos transporta tanto para esse "que" de desolação quanto antigo...
A atuação de Ryan Goslin (como agente K) foi formidável!
Com a agravante de que neste caso ele não vive o dilema de não saber se é ou não um replicante! Ele sabe que é! (aquela abaixada de cabeça e desviar de olhos como reverencia na delegacia foi demais!)
Sua caracterização como agente faz referência direta a acostumação de Harrison Ford.
A interação entre K e Joy (Ana de Armas) é um upgrade no conceito de realidade virtual (ou de realidade e relacionamento em si).
Assim como sua desilusão ao perceber que ela é apenas um programa, nada mais!
As muitas referências ao filme original.
Essas coisas que listei tornam o filme nostálgico e atual. Nos faz lembrar de coisas magníficas e curtir o hoje (ou por que não, o amanhã?).
Vamos combinar! O Triângulo amoroso da persona virtual Joy, K e a prostituta foi digno de aplausos!
Pontos fracos:
A motivação de K, no primeiro momento o torna "humano demais"!
Tá! Entendi o lance da memória! Mas...
Uma Replicante ficar grávida!? Hã? Como? Mas que?
Afinal - defina Replicante?
No filme original, os Replicantes apesar de terem muitas partes orgânicas - são chamados de máquinas!
O que explica a força! O Chinês que fez os olhos do Roy (Rutger Hauer), o tempo de vida (4 anos)...
Este filme apresenta os replicantes como uma aceleração genética! Onde seres geneticamente modificados "nascem" em encubadoras como adultos!
Isso pra mim foi o pior!
E o que dizer de Gered Leto (Niander Wallace)?
O cara era pra ser um vilão tipo Darth Vader! Mas se mostrou um coadjuvante! Meio Kylo Ren!
E essa figura ae?
Começou bem, lutava pra caramba, sanguinária e tal! - Eu sou a melhor! Dizia ela.
Mas na hora "H", deixa o cara viver!
O filme, que começa lento, depois desacelera ainda mais! Nos últimos 15 minutos tenta dar uma arrancada que deixa muitas pontas soltas!
Conclusões:
Eu gosto do filme e do que ele representa! Mas não é uma continuação de Blade Runner!
Um "universo Blade Runner"? Ok. Aceitável (com ressalvas...)...
O filme é bom ou ruim?
Comparado com o que?
Acho um bom filme! Até um dos melhores de 2017! Basta ver as comparações do mesmo ano!
Mas não... Não se compara com o clássico!
E sobre Harrison Ford?
O que posso dizer?
Ele fez uma ponta no filme. Não atuou, não representou - foi só Harrison Ford! (que faz tempo não é "aquele" Harrison Ford né...?)
Mas galera, vocês têm todo direito de descordar de mim!
Aliás, me apresente um ponto de vista diferente!
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Autor: Herbert Adomeit
Harrison Ford só aparece pela nostalgia de ser Rick Deckard, embora seu personagem possa não ter aparecido. Fora isso, o filme foi incrível. Na minha opinião, Blade Runner 2049 foi um dos melhores filmes ficção cientifica que foi lançado. filme superou as minhas expectativas, o ritmo da historia nos captura a todo o momento. Adorei está história, por que além das cenas cheias de drama e efeitos especiais, realmente teve um roteiro decente, elemento que nem todos os filmes deste gênero tem.
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