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Dan Brawn - Origem - Mais do mesmo sim, mas não é ruim... Ou é?

Este já é o sétimo livro do autor, o 5º com o mesmo protagonista (Robert Langdon), onde o tema continua sendo relacionado há religião.
Normal seguir o mesmo caminho depois dos grandes sucessos - Código da Vince, Anjos e Demônios e Inferno (os quais renderam até filme!).
O conceito de "time que está ganhando não se mexe" parece ser a receita de Dan Brawn. E que receita! Os 3 anteriores já ultrapassaram os 300 milhões de exemplares vendidos!
Poderia ser assim, se fosse uma saga em quadrinhos, um campeonato de futebol, uma novela... Mas um livro! Pode?
De acordo com o número de títulos e dos temas mais absurdos que surgem nas livrarias (e vendem!), Dan Brawn não está errado!
Dizer que ele não é mais o mesmo (mesmo se repetindo), se vendeu (e quem não se venderia?), não é inovador (e precisa?) - isso posso concordar! Mas já deixei meu parecer sobre os possíveis questionamentos.
Já vi críticas do tipo: O pior livro da franquia de Dan Brawn!
Será?

Vamos ao livro:

Robert Langdon novamente se encontra numa crise internacional envolvendo artes, assassinato e religião!
Seu ex-aluno Edmund Kirsch - Bilionário e futurista - convoca grandes nomes (e endinheirados) da atualidade para fazer uma palestra, onde ele promete surpreender com a descoberta da origem da vida! Por isso o nome "Origem".
Antes de concluir sua palestra, o jovem é assassinado! Levando Robert Langdon há uma busca desenfreada para encontrar:
- O assassino;
- A revelação de Edmund;
- Preservar a própria vida e liberdade!

Mas e aí? É bom?

Então...
O que há de diferente nesta história, é que o protagonista continuamente interage com uma inteligência artificia! Isso foi diferente e muito legal!
O autor consegue criar um "clima" de artificialidade nos diálogos e/ou na forma de "pensar" do tal programa.
Você sente Robert falando com uma máquina por sua rapidez em processar informações, apresentar mapas e artificialmente deduzir coisas - tipo algoritmos mesmo.
Em uma semana devorei metade do livro!
Mas aí começa a velha apresentação de arquiqueturas, artes que nós, meros mortais, desconhecemos... Aí, meu amigo... A coisa vai ficando chata pra c#@$#!
Existe uma trama forçada entre a igreja e o assassino.
Uma perseguição e correria que parece ser pensada para um filme (tipo, dar agilidade e ação, sabe?).
Um "que" de romance (completamente desnecessário...).
Demorei mais duas semanas do meio para o final!
Porém...
Lá pelo final, a coisa volta a ficar boa!
- O lance da I.A. (Inteligência Artificial) vai ganhando corpo;
- As descobertas sobre origem da vida vão se formando numa espécie de teoria que deixa de ser teoria!
- A trama desnecessária vai ficando de lado para ganhar outros desdobramentos.

E sim! O livro vai ficando interessante novamente!

Mas é isso! Interessante.

Pontos altos:

Como já critiquei o marasmo e a incensante apresentação arquitetônica dos lugares, juntamente com as traminhas de perseguição e conspiração, vamos enfatizar o que tem de legal.

A I.A. manda bem! Os desdobramentos relacionados a ela foram bem pensadas.
(Observe que não quero dar spoilers)
A tal descoberta da origem da vida, nos faz pensar! E o que seria um livro de Dan Brawn se não nos fizesse repensar tudo o que conhecemos?
Não é nada assim: Ual! Mas é interessante...

Como o livro se propõe a ser - entretenimento - é bem legal.
Os anteriores, amigos, não eram revolucionários! Eram ousados!
Esse é menos ousado não por temática, mas sim por falta de argumento e barreiras para quebrar!
(qual barreira temos ainda para quebrar? Nada mais é "imexível"!).
Mesmo assim, ele sutilmente tenta (no que diz respeito a religião).

Conclusão:

Não é o seu melhor livro - evidentemente. Mas não é ruim.
Dan Brawn já foi centenas de vezes comparado a Sidney Sheldon. E mesmo esse, tem seus melhores e piores romances. Mas seus fãs são fiéis!
O mesmo vale para Dan Brawn.
Agora com seus 53 anos ele valoriza a tecnologia e a percebe como um patamar evolucionário da espécie humana. Ponto pra ele!
De alguma forma, ele segue o caminho apresentado por Yuval Noah Rarari - do qual já falamos aqui no Geekmente.

Essa semana a revista "Mundo Estranho" (da Superinteressante) lançou uma matéria sobre as I.A.
Eu mesmo escrevo sobre isso também (em breve apresento pra vocês)!
Parece que o mundo das religiões está perdendo espaço para a tecnologia.

Se sua escrita foi voltada para Hollywood, espero que ao menos seja um bom filme!

Boa leitura!
Autor: Herbert Adomeit






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