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destaques

Lollapallooza 2018, diretamente do...Multishow


  Mais um ano de Lollapallooza. Desta vez o festival se anunciou como o "maior de todos os tempos" por ter um número maior de shows, divididos em três dias. A edição de 2013 também teve três dias e, curiosamente, também teve The Killers e Pearl Jam como atrações principais.
  Me surpreende querer escrever sobre o evento, já que é o do tipo que provavelmente eu não queria ir nem de graça. Não tenho mais o pique de andar milhares de quilômetros entre uma atração e outra. Pagar então, fora de cogitação. Os ingressos são caros, e não são tantos shows assim que se consegue assistir. Quando fui, em 2014, gostaria muito de ver Nine Inch Nails e Muse, que tocaram em palcos diferentes. Só pude ver o Muse. Esse ano, quem queria ver Imagine Dragons e Pearl Jam por exemplo, tinha que sair na metade do show do primeiro. Outra coisa que não me animava  mais quanto ao evento era devido às atrações: muita música Eletrônica, muito Hip-Hop...tudo bem, a variedade de estilos é uma das características do Festival, mas parece que esses estilos viraram prioridades. E ás vezes sente-se falta do cárater Alternativo...no ano passado a atração principal foi o Metallica. Mais um motivo pra eu não dar a mínima: este ano todas as atrações principais eram repetidas. Ah tá, O Red Hot Chilli Peppers é estreante no festival, mas em visitas ao país...



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  Comecei a assistir na TV justamente o Red Hot. Justamente por que não estava no clima de acompanhar a transmissão dos shows, via Mutishow e Canal Bis. Não que nessa data tivesse tanta coisa boa, mas tinha Vanguart e LCD Soundsystem, que acredito que valiam a pena. Mas pude ver o Red Hot Chilli Peppers. Apesar de estar habituado a vê-los nas transmissões de vários Rock in Rio, dessa vez houve surpresas. O guitarrista Josh Klinghoffer desta vez se destacou mais. Até cantou em português, uma música de Jorge Ben (depois ele colocou uma camiseta de um dos discos do cantor). "Higher Ground", que nunca os vi tocando, reviveu os tempos pré Mega sucesso, e teve até uma do segundo disco, chamada "Nevermind". "Aeroplane" foi outra grande surpresa e caiu super bem. O percussionista brasileiro Mauro Refosco foi chamado ao palco e participou de algumas músicas como "Give it Away" e "Hump de Bump". "Under the Bridge" foi um momento muito emocionante e todo mundo, claro, cantou junto. Flea, como sempre foi o mais animado e até plantou bananeira no palco.  
  No sábado dei uma olhadinha na apresentação do Mano Brown. Muito legal, apesar de eu não entrar na "vibe" das músicas. Mas é muito bom ver que o Mano está feliz e se divertindo nessa nova fase. Max de Castro participou.
  O The National é uma banda respeitadíssima no cenário alternativo. Sua vinda foi uma decisão acertada para preencher um público que gosta de Radiohead ou Arcade Fire. Fizeram um show muito bonito, com muitas guitarras e efeitos de iluminação, e a voz do vocalista era meio parecida com Ian Curtis. Mas pra falar das músicas fica difícil, já que não conheço.


David Byrne e sua banda dançam no show do segundo dia do Lollapalooza 2018 (Foto: Marcelo Brandt/G1)





 Até aqui o que eu mais esperava era David Byrne. Claro, também não conheço nada novo dele, apenas dos Talking Heads, mas mesmo que não tocasse nenhuma da antiga banda, saberia que seria um bom show. E que show! Byrne surgiu de terno e calça cinza, segurando um cérebro, cantando sentado, com aquele microfone colado ao rosto. Logo depois surge a banda e todos estão vestidos da mesma maneira. Havia um dançarino ruivo e uma negra que faziam também backing vocals. As dancinhas eram esquisitas, mas muito legais. O show é totalmente teatral, todos dançam, todos cantam, se movimentam pra todos os lados. Não há nada fixo, como uma bateria ou teclado, tudo fica pendurado em cada integrante. Há músicos brasileiros na banda, como Mauro Refosco, aquele do Red Hot. Tocaram músicas dos Talking Heads, "This Must be the Place (Naive Melody)", "Once in a Lifetime", "Blind" e o maravilhoso final com "Burn Down the House". Que pena que passou rápido. Belíssimo show!






  Vi Imagine Dragons. O que dizer? Gosto de "It's Time", com bandolim. E só. O vocalista manda bem, fez discurso, foi pra multidão, bateu aquele tamborzão que dá uma sensação de grandeza. Mas esse é o novo Rock né?  Por falar nisso, o que vocês acham de "Thunder"?


Pearl Jam durante show no Lollapalooza 2018 (Foto: Marcelo Brandt/G1)

  







 Hora de ver o Pearl Jam. Nunca engoli muito a banda de Seattle. Além disso, se eu ganhasse ou comprasse um ingresso seria pra sexta ou domingo, jamais pra essa noite. Achei o repertório variado e agradável. "Corduroy" foi a segunda e já mandaram logo "Do the Evolution" em seguida, enlouquecendo o público. O cara tá super bem, em forma e canta muito. Pega uma colinha pra falar em português e chama Perry Farrell, o dona da porra toda e aniversariante da noite. Após apagar as velinhas, cantaram "Mountain Song" da sua banda Jane's Addiction. Eddie Vedder continuou o espetáculo e fez discurso sobre o protesto anti-armas que estava acontecendo nos EUA, agradeceu David Byrne pelo belo show e o chamou de gênio. E ainda tocou uma dos Heads. E seguiu: "Jeremy", "Better Man" (sempre achei uma bela música),"Black"...depois Vedder foi na galera e enlouqueceu. Mike McReady também foi um monstro, tocou de guitarra de costas e também foi na multidão. Uma catarse. Depois que Vedder citou Roger Waters e começou "Confortably Numb", eu já estava mais que emocionado. "Alive" veio na hora certa, uma verdadeira libertação. Depois ainda "Baba O'Riley"...o que mais um roqueiro pode querer? Vedder ainda serviu vinho pra galera e se certificou se ainda tinha tempo pra tocar mais uma, "Yellow Ledbetter". Ele havia dito que o Brasil é a capital mundial do Rock. Generoso. A banda se despediu e saiu. Vedder continou olhando, encantado. Foi um verdadeiro cala-boca para mim. Só faltei sair gritando, "Obrigado Eddie Vedder".]
  No domingo, vi um pouco do Metronomy, muito legal já que é cheio de teclados. Liam Galagher fez um bom show de puro Rock n' Roll (aliás era o que estava escrito no palco) e soube mesclar suas novas canções e clássicos do Oasis como "Some Might Say", "Wonderwall", "Rock n Roll Star" e "Live Forever".







  Lana Del Rey foi a musa do festival. Fez um show sensualíssimo. Ela estava maravilhosa de preto, e as belas backing vocals de branco. Tudo que ela cantou foi acompanhado pela multidão, o que deve ter deixado a menina impressionada e/ou emocionada. Lana desceu no pessoal e ainda deu selinho nos caras. Quando o pessoal pediu "Get Free", acusada de plágio pelo Radiohead, ainda tirou onda e fumou. "Video Games", "Born to Die" e "Serial Killer" foram outros hits. Que mulher!



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  The Killers trouxe Las Vegas para Interlagos. Visual impecável da banda, um grande símbolo masculino no palco e símbolos femininos para as belas backing vocals. Abriram com "The Man", novo hit que, para mim, deve ser uma homenagem ao Depeche Mode. "E aí paulistas, sentiram nossa falta?", disse Brandon Flowers em português, e ainda avisou que não vão demorar tanto para voltar. "Somebody Told Me" foi outro megahit cantado em uníssono. A apresentadora Dedé do Multishow foi a Menina escolhida pra tocar bateria numa das músicas e foi muito bem. O show era muito colorido e bonito, combinando com o estilo chique da banda. Num dos hinos da banda, "All These Things that I've Done" surpreendeu com a entrada de...Liam Gallagher! Sim, e ainda um vocalista ajoelhou para o outro, num belo momento de admiração mútua. A banda demorou um pouquinho para o bis, mas voltou com Brendan dourado, como um Elvis Las Vegas, ou Bono Zoo TV. "When You Where Young" (que costumava fechar os shows) e "Mr. Brightside" fecharam de vez a bela noite. 
  Essa edição foi um belo "cala a boca" para mim. Quem sabe eu vou no ano que vem, rsrs.

                                        Francisco de Oliveira Junior 

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4 comentários:

  1. Muito boa a postagem brother! Parabéns! Retrata nossa inquietação e vontade de roqueiro que não morre! Show de bola!

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  2. Concordo plenamente com o post! Realmente este Lollapalooza 2018 não só foi anunciado como de fato foi o melhor de todos os tempos. Eu fui em 2014 e comprovei o sentimento de que pagava-se caro para ver em média 2 bandas de alto nível que representavam o Rock’n Roll, sendo que ainda tocavam em dias diferentes. Na ocasião tivemos Muse, Soundgarden e Nine Inch Nails como os headliners daquele ano. Eu optei pelo dia do Muse que fez um ótimo show, apesar de termos a infelicidade do Bellamy estar com um problema de garganta que o impediu de tocar alguns clássicos mais agudos. Enfim, o Lollapalooza proporcionava poucos momentos de êxtase e nesse ano de 2018 foi diferente! O arrependimento de não ter visto o Pearl Jam, que foi a banda onde ouvi e gravei meu 1º albúm em fita cassete foi gigante. Parabéns ao Lollapalooza e ao Francisco Oliveira (Juniores) pelos comentários! Abç, Guilherme Honorato

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  3. Parabéns pelo texto! Concordo principalmente com essa questão de misturarem vibes diferentes em festivais.. No caso aí, hip-hop e rap, mas, em outros festivais como o rock and rio há aberrações maiores... Sinto falta, aqui no Brasil, de festivais com bandas de metal consagradas... Estamos longe disso mas não custa nada sonhar...
    Um abraço ( sou o primo do Guilherme que é fanático pelos Engenheiros...rsrsrs)

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  4. Valeu cara! Nós também somos fanáticos pelos Engenheiros, estamos devendo texto sobre eles.

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