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    Abaixo o link referente à primeira parte, escrita por Herbert Adomeit:

                         http://www.geekmente.com.br/search?q=the+wall


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  Início da segunda parte:


  The Wall, o disco do Pink Floyd, foi lançado em 79. Era uma Opera rock, como aquelas que surgiram a partir do fim dos anos 60, como Tommy e Quadrophenia do The Who. Em 1982, foi lançado o filme Pink Floyd The Wall, de Alan Parker. Foi praticamente um tempo recorde e simultâneo ao sucesso do disco e ao fim da turnê, que durou pouco pois era muito cara. O diretor, hoje Sir Alan Parker, não poderia ter sido escolha mais certeira. Ele havia feito o brilhante O Expresso da Meia-noite (indicado para o Oscar de Melhor Filme e Diretor) e os musicais Bugsy Malone (com a então menina Jodie Foster) e Fama, um grande sucesso.


             


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         Pink Floyd The Wall é Cinema (embora nem sempre é considerado como tal por críticos e cinéfilos mais conservadores). Após muitos anos descobri que não pode ser considerado um Filme Musical, como o próprio Tommy, pois as músicas não são cantadas (aqui elas (as canções) estão mais como pensamentos e lamentos do personagem Pink). É também, Rock. Pra mim, o maior filme de Rock já feito. Isso entre tantos estilos do Gênero (Shows de Rock, Documentários, Biografias, Musicais, Opera Rock ou aqueles que só tem o Rock como tema, como Quase Famosos). É entre essas duas Artes que essa obra tem que ter  seu lugar na História.



                       https://www.thetoptens.com/greatest-rock-and-roll-movies/
                         


   Digo tudo isso porque já vi o filme ser interpretado como um amontoado de clipes. "Another Brick in the Wall Pt. 2" sempre foi exibido como um videoclipe. Até aí tudo bem. Mas uma vez vi um dvd em que atrás da capa tinha a relação das músicas, como se fosse uma coletânea de videoclipes. A própria gravadora não sabia do que se tratava. Ainda bem que era uma edição limitada.


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   Roger Waters era o compositor do Pink Floyd. O roteiro do filme é creditado a ele, já que as músicas são o enredo do filme, que conta a história de Pink, que perdeu seu pai na Segunda Guerra, teve uma infância solitária e marcada pela repressão no colégio. Teve um casamento fracassado e se tornou um astro do Rock, onde através da sua grandiosidade, angústia e ódio, passou a agir como um ditador Nazista. Entre tudo isso, ele "constrói" um muro que o cerca, para esconder seus sentimentos do mundo exterior.  A obra é levemente inspirada na vida do próprio Waters, que perdeu seu pai no mesmo conflito.

  Bob Geldof , não um ator mas também um vocalista de uma banda (Bootown Rats) interpreta Pink, de forma intensa e espantosa. Pink também é mostrado quando criança, um menino muito triste e introvertido. Na escola seu sádico professor o humilha e o pune (numa cena que o professor lê em voz alta o que Pink está lendo, podemos ver que se da trata da letra de "Money" de The Dark Side of the Moon).


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  Outro show à parte fica por conta das animações de Gerard Scarfe, que já tinha feita as ilustrações do disco e da turnê. Momentos que oscilam entrem o belíssimo e o macabro como na antológica sequência de "Goodbye Blue Sky". Ou em "Empty Spaces" e sua conotação sexo, destruição e morte; até sua continuação "What Shall We Do Now" (feita para o filme) que questiona o que devemos fazer em nossa busca incessante por satisfação e realização. Coisas que tornam o filme cada vez mais atual e necessário.












   Como não se emocionar em momemtos como "The Thin Ice", "Goodbye Blue Sky", "Vera", 'Bring the Boys Back Home", "Mother", "Nobody Home", "One of my Turns", e claro, "Confortably Numb", essa um dos momentos mais marcantes não só do filme mas História do Rock também. O desfecho da história se dá com "The Trial", que como o nome diz, seria o julgamento de Pink. Uma das músicas mais tristes da história, uma verdadeira Opera em que Roger Waters interpreta com sua voz dramática, o professor, a esposa, a mãe e o juiz. De arrepiar (e chorar).

 O muro em questão, como já dito era uma metáfora para explicar o isolamento do personagem em relação ao mundo exterior, já que era completamente incapaz de se relacionar com as pessoas (exceto quando subia ao palco). Mas é claro que era uma alusão ao que o mundo passava na época, com o socialismo e o muro de Berlim. E também como já citado, a maneira em que ele se apresentava nos shows se referia claramente ao Nazismo, tanto pelos trajes, pela postura, pelos skin-heads que o serviam...o símbolo, hoje clássico, que eles utilizavam eram dois martelos, que podiam tanto se referir à suástica do Nazismo, como à marreta do Comunismo de Stalin.


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Como o muro era uma alusão ao muro de Berlim, em 1990 Roger Waters encenou a Opera rock na mesma cidade, meses após a queda do mesmo, que ocorreu em novembro de 1989. Waters saiu do Pink Floyd no começo dos anos 80, e para essa mega produção ele contou com nomes como Scorpions, Cindy Lauper, Sinead O Connor, Bryan Adams, Joni Mitchell, entre outros. A lendária "Confortably Numb" foi interpretada por artistas lendários como a banda The Band e o cantor Van Morrison. É uma versão tão bonita que Martin Scorcese a colocou no filme Os Infiltrados.


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 Uma obra tão importante precisa ser apresentada para outras gerações. Então Waters a encenou novamente, só que dessa vez numa turnê mundial, que se tornou uma das maiores da história (só em Buenos Aires foram nove noites). No Morumbi foram duas noites lotadas, muito triste pra quem perdeu (pois é...).  A mega turnê foi retratada no filme Roger Waters The Wall, co-dirigido por ele mesmo.






  Espero que quem ama as músicas, ou o filme, ou tenha se encantado com os shows se sintam felizes com esse texto. Pra quem não conhece ainda, espero que possam ter essa oportunidade. Afinal, é sobre angústias, medos e outros sentimentos que podem afligir a qualquer um.

                                   Francisco de Oliveira Junior
  

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